Por mais que ele envolva apenas a decoração, um projeto de casa é sempre complexo. Afinal, ele é muito mais do que apenas dispor móveis e outros itens sem critério algum: é fundamental que tudo seja planejado.
A boa notícia é que há um profissional qualificado para fazer justamente este trabalho: o arquiteto. Sua função é acompanhar o andamento de todo o processo de projeto e construção, assegurando que o resultado final seja bom e atenda às necessidades dos clientes.
Apesar de boa parte das pessoas conhecer isso, nem todas sabem qual é o maior objetivo deste trabalho – que, por sinal, não é a beleza – e quais são as ferramentas usadas para atingi-lo. Continue lendo para aprender mais a respeito disso:
Qual é a função da arquitetura?
Nem só forma nem o utilitarismo puro: o objetivo da arquitetura é equilibrar a estética e a funcionalidade do espaço. Isso significa que não basta que ele seja bonito, é preciso que ele atenda perfeitamente as necessidades das pessoas que utilizarem o ambiente. Ao mesmo tempo, ele tem que proporcionar um certo nível de conforto ambiental a quem circula por ali.
Como esse objetivo é atingido?
Quem se familiariza com o objetivo do trabalho do arquiteto normalmente nota que ele não é fácil de ser atingido. Afinal, além de elaborar plantas de casas para construir este profissional precisa elaborar planos detalhados das intervenções que serão realizadas em cada um dos cômodos.
Para que isso seja possível, o arquiteto se orienta a partir de alguns procedimentos básicos, que têm a função de alinhar forma e função. Confira alguns deles a seguir:
Análise do perfil dos clientes
Um projeto de construção ou de reforma de qualidade é centrado nas necessidades dos clientes. Por conta disso, uma das primeiras etapas do trabalho do arquiteto é fazer uma entrevista com quem utilizará o espaço em questão. A ideia é levantar informações a respeito de:
Preferências estéticas;
Rotinas de trabalho;
Necessidades de espaço;
Características a serem mitigadas ou valorizadas.
Desta maneira, o profissional poderá trabalhar munido de informações importantes para que os usuários do espaço contem com um local que atenda suas necessidades básicas e que lhes seja esteticamente agradável.
Estudo de materiais
A escolha de materiais faz muito mais do que influenciar a aparência de um projeto decorativo: a matéria-prima selecionada para realizar os acabamentos ou para elaborar a mobília. A madeira, por exemplo, pode não ser muito resistência à água, mas tem um excelente desempenho térmico e acústico.
Neste caso, há outro aspecto que também tem que ser levado em consideração: o custo de cada um deles. Um dos dados levantados na etapa da entrevista é o orçamento disponível para o projeto, algo que pode ser fortemente influenciado pelos materiais exclusivos.
Observação do espaço a ser trabalhado
Tanto um projeto construção quanto de decoração tem que trabalhar adequadamente com a área disponível para a intervenção. Porém, isso não significa apenas administrar a área disponível: é preciso trabalhar com as suas características, sejam elas positivas ou negativas. É algo fundamental para conquistar o equilíbrio entre forma e função almejado pelo arquiteto.
Para que isso seja possível, o profissional precisa fazer uma análise minuciosa do local. No caso de um terreno, é importante verificar aspectos como área e inclinação.
Se o espaço já estiver construído, ele tem que analisar fatores como a temperatura (se ele tende a esquentar ou esfriar muito), o desempenho acústico (se o nível de ruído ultrapassa o tido como aceitável) e, claro, a metragem. Deste modo, ele poderá fazer a gestão de todas essas características da melhor maneira possível.
Psicologia das cores
Cores fazem muito mais do que meramente embelezar um espaço: elas têm efeitos sobre o organismo humano. Enquanto alguns tons podem aumentar a pressão arterial, outras podem reduzi-la; enquanto algumas cores favorecem a criatividade, outras são marcas registradas do profissionalismo; enquanto umas trazem sensação de alegria, outras são mais sóbrias.
Por conta disso, um dos aspectos analisados pelo arquiteto é o efeito que as cores usadas no projeto terão no organismo – e, consequentemente, no bem-estar – de quem circular pelo espaço.
Isso, porém, não significa que o gosto dos clientes não seja levado em consideração: a ideia é que ele seja equilibrado com a funcionalidade, do mesmo modo que o restante do projeto.